O padre Bernard Adukwu, um sacerdote nigeriano a viver em Portugal desde há nove anos, foi um dos participantes no lançamento, quinta-feira, dia 22, na Assembleia da República, em Lisboa, do relatório da Fundação AIS sobre a liberdade religiosa no mundo. Foi dele a intervenção mais curta, mas mais impressiva. Ele apresentou três casos, três situações de ataques brutais contra as comunidades cristãs no estado de Kaduna no norte da Nigéria nos últimos meses. Três ataques apenas que se traduziram, como ele explicou, em 37 mortos, mais de duas dezenas de fiéis raptados, pelo menos duas igrejas e 40 casas queimadas. Acabámos de o ouvir a falar de um destes ataques, e acabámos também de ouvir a pergunta que ele nos lançou a todos, que ele lançou a todo o mundo: pode falar-se, num ambiente assim, em liberdade religiosa na Nigéria? A resposta é óbvia e assustadora. Este vai ser, obviamente, o tema principal da conversa que vamos ter com a directora da Fundação AIS em Portugal, a Catarina Martins de Bettencourt, que está aqui connosco e que saúdo desde já…