Há já quase 1 milhão de deslocados em Moçambique | IM#413 | 17SET22

D. Alberto Vera, Bispo de Nacala, em Moçambique, está ao telefone a descrever à Fundação AIS como foi o ataque à missão católica de Chipene, nesta diocese moçambicana. O ataque, na noite de terça-feira, dia 6 de Setembro, foi brutal, não só pelo assassinato da irmã Maria de Cobbi, uma comboniana que dedicou grande parte da sua vida aos jovens de Moçambique, mas porque os terroristas destruíram tudo o que puderam. O ataque, já o disse, foi na noite de terça-feira, dia 6, e nada foi poupado. Nem a Igreja, nem a casa das irmãs, nem os lares onde viviam os rapazes e as raparigas que estudavam ali, nem a biblioteca, nem os automóveis da missão. Nada escapou. Tudo foi queimado ou saqueado. Tudo. O que está a acontecer em Moçambique é uma tragédia. Desde o final de 2017 que as populações, especialmente no norte do país, vivem no sobressalto por causa dos ataques, da violência de grupos terroristas que dizem pertencer ao Daesh, o Estado Islâmico. Desde 2017 há já quase 1 milhão de deslocados e mais de 4 mil mortos. É uma contabilidade dramática que continua a crescer de dia para dia e que parece não ter fim à vista.

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