O Crash de David Cronenberg, um dos meus filmes preferidos, aparece-nos hoje aqui para ilustrar uma situação de censura ocorrida em solo nacional no pós- 25 de Abril. Em plena viragem do milénio. Não às mãos da Internet, não às mãos de uma qualquer emissora conservadora nem às mãos do estado. A censura veio dos clubes de vídeo Blockbuster, esse icon da nostalgia noventista que tanto se apregoa por essas internets afora, mas que foi o carrasco da vaga de liberdade dos clubes de vídeo de bairro dos anos 80. O Blockbuster tomou para si esse mercado e urinou nos cinéfilos com os seus princípios morais judaico/cristãos tão caracteristicamente americanos e tentou defender-nos do demónio e do vício quando só queríamos ver filmes descansados.
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