Falar em guerra, hoje em dia, não é um eufemismo. Há guerras reais, concretas, em vários países, e até aqui, na Europa.
A guerra na Ucrânia apanhou muitas pessoas desprevenidas, julgando-se que um conflito com esta dimensão não poderia acontecer já no Velho Continente, em pleno século XXI. Mas desde o dia 24 de fevereiro que não se fala de outra coisa. Desde o dia 24 de fevereiro que todos os dias vemos crescer o número de mortos e de feridos, vemos crescer o número de vítimas, de famílias destroçadas, de pessoas em lágrimas.
Mas há muitas outras guerras, outros conflitos, outras ameaças noutros lugares do planeta. Pensemos apenas em Moçambique, um dos países mais pobres do mundo e que enfrenta uma das guerras mais sinistras: a do terrorismo.
Pensemos na Nigéria, Camarões, Mali… pensemos no Níger ou em Mianmar… pensemos na Síria e no Iraque. Pensemos no Iémen… Em muitos países, em muitos lugares do mundo, a paz é um sonho porque o dia-a-dia não passa de um pesadelo.
O que podemos fazer quando olhamos para o globo e vemos que a humanidade continua a viver na armadilha da violência, das ameaças, dos conflitos? Que podemos fazer quando milhões e milhões de pessoas sofrem as consequências das guerras, ou vivem na pobreza mais absurda? Podemos rezar. Pode parecer pouco, pode parecer quase ridículo dizer isto, mas, na verdade, a oração será das coisas mais relevantes que podemos fazer para mudar esta realidade como a conhecemos.
No próximo dia 18 de outubro, milhares de crianças em todo o mundo vão estar juntas a rezar o Terço pela paz. Vão rezar em muitas línguas, mas dizer sempre a mesma oração, a mesma prece. Uma oração à Mãe de Deus pela paz entre os homens.
Esta é uma iniciativa da Fundação AIS que reúne todos os seus 23 secretariados internacionais, entre os quais Portugal, e que está a ganhar, de ano para ano, uma dimensão cada vez maior, envolvendo grupos de catequese, paróquias, movimentos e famílias cristãs. O próprio Papa Francisco tem ajudado na mobilização das crianças para esta iniciativa da fundação pontifícia.
E entre todos os lugares onde as crianças vão rezar o Terço, o Santuário de Fátima, aqui em Portugal, tem vindo a ganhar um relevo muito especial, o que se compreende, ou não se tratasse do Altar do Mundo. De facto, Fátima, onde em 1917 Nossa Senhora apareceu aos três Pastorinhos, é um dos lugares mais simbólicos desta iniciativa global da Fundação AIS.
Neste tempo de incerteza, com a guerra a acontecer em plena Europa e com inúmeros conflitos um pouco por todo o globo, é preciso coragem e esperança para se acreditar que é possível um futuro de paz. Uma coragem e uma esperança que são alimentadas também pela fé.
Por tudo isto, a jornada de oração do terço pela Paz ganha uma importância acrescida. Até porque vai ter como protagonistas os construtores do futuro: as crianças.
Vai ser dia 18 de outubro. Precisamos de si, precisamos das suas orações. Precisamos da sua fé para mudar o mundo.
Ponha esta data na sua agenda, contacte com a Fundação AIS, fale disto na sua paróquia, movimento, no seu grupo de catequese. Fale disto no seu prédio, no seu bairro, no seu local de trabalho
Queremos que um milhão de crianças rezem o terço pela Paz. Todos estamos convocados. E isto é também consigo. É o futuro da humanidade que está em jogo!
Paulo Aido | 30.09.2022
