5 minutos com a AIS #123

No sábado, 21 de Maio, D. António Juliasse tomou posse oficialmente como Bispo de Pemba. A data não podia ser mais simbólica.
No dia seguinte, a Igreja moçambicana assinalava o centenário da evangelização missionária em Cabo Delgado. E na passada segunda-feira, ou seja, dois dias depois, D. Juliasse inaugurou e fez entregar ao governo dois centros de saúde, o de Montepuez e o de Chiure.
Centros de saúde que foram construídos graças a um donativo pessoal do Papa Francisco.
São sinais positivos num tempo ainda marcado pelas nuvens da incerteza. O terrorismo é uma realidade presente na região norte de Moçambique.
A actuação de grupos armados, que reivindicam pertencer ao Daesh, o tenebroso Estado Islâmico, causou uma impressionante crise humanitária que veio agravar ainda mais a pobreza deste país africano de língua oficial portuguesa.
Cerca de 8oo mil deslocados e mais de três mil mortos é o balanço até hoje da presença destes homens de negro que só desde meados do ano passado começaram a ser efectivamente combatidos depois de o governo de Maputo ter pedido ajuda à comunidade internacional.
Mas mesmo com a presença de tropas do Ruanda e de outros países africanos, e com a ajuda de Portugal e da União Europeia ao nível da formação de quadros militares, mesmo assim, é raro o mês, para não dizer a semana, em que não se escutam notícias de ataques a aldeias, com a morte e o rapto de pessoas.
Horas antes de tomar posse como Bispo de Pemba D. António Juliasse falou com a Fundação AIS e disse que a questão dos deslocados, a destruição causada pelos terroristas e a necessidade de o mundo não se esquecer desta região tão pobre de um dos mais pobres países do mundo, são algumas das prioridades para o seu trabalho à frente da diocese.
E disse uma expressão que começa a identificá-lo como um dos paladinos da defesa desta região de Moçambique: “alerto o mundo para que o mundo não se esqueça de Cabo Delgado”.
E D. António Juliasse fez questão de falar também da Fundação AIS, de agradecer a ajuda que esta fundação pontifícia tem dado não só à diocese, mas a todo o Moçambique e a todo o continente africano.
E o Bispo usou outra expressão – “mão amiga” – que começa a ser também uma espécie de imagem de marca sempre que D. Juliasse fala da AIS. Uma mão amiga e valiosa sempre disponível ao serviço da Igreja e dos povos mais necessitados no mundo.
É de facto uma relação estreita a que existe entre a Fundação AIS e a Diocese de Pemba e toda a Igreja em Moçambique. O nome da instituição diz tudo e traduz essa relação com uma limpidez cristalina: Ajuda à Igreja que Sofre.
O Bispo de Pemba sabe que pode contar sempre com a nossa ajuda.
Paulo Aido

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